Numa floresta onde eu possa plantar o que eu quiser
E andar de pés no chão
Mandioca, cacau, batata doce, feijão
Palmito e um café bem bonito
Lá na sombra da goiaba e do mamão
E lá no alto a seringueira com o
Guapuruvu na beira contemplando uma vista pro mar
Numa floresta onde eu possa plantar o que eu quiser
E andar de pé no chão
Cachoeira e cascata no berro do tucano e canto do sabiá
No voar da borboleta a saíra bem faceira
Fica a espreita na procura do jantar
Abelha nativa fazendo colmeia colhendo pra lá e pra cá
Espero que tenha um fogão a lenha e muito pra que celebrar
Numa floresta onde eu possa plantar o que eu quiser
E andar de pés no chão
Apagar a ilusão de que o que é bom é o que produz demais
Confiar na natureza sem manchar tua beleza
Com veneno e outras cosas mais
Bem logo assim que eu chegar
Sem ócio ou moleza curtir com firmeza
Aquilo que a terra nos dá
Numa floresta onde eu possa plantar o que eu quiser
E andar de pés no chão