quinta-feira, 7 de julho de 2016

Eventos comemorativos dos 35 anos da EMIA: lançamento do livro e EMIA de Portas Abertas



Fotos por Elisa Damasio
No último dia 30, como parte das comemorações dos 35 anos da escola, a EMIA lançou no Centro Cultural São Paulo o livro: EMIA, escola de arte, casa de crianças: uma experiência de 35 anos.

O lançamento esteve movimentado, com um público numeroso composto por familiares, crianças, ex-alunos, professores e ex-professores da escola. Uma bela amostra de como a comunidade EMIA é vasta e transcende gerações, cada vez mais reafirmando o papel dessa escola enquanto identidade cultural e artística da cidade de São Paulo.


A noite de lançamento recebeu a fala da pesquisadora Marisa Fonterrada, uma das fundadoras da EMIA. Aconteceram ainda as falas de nossa diretora atual, Andréa Fraga, da ex-aluna Tatiana Iegoroff e de Rossela Rossetto, chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Cultura.
Marisa Fonterrada contando um pouco sobre a fundação da EMIA.
Andréa Fraga falando sobre o processo de escrita do livro.

A ex-aluna Tatiana Iegoroff falando de sua experiência na escola.
Antes que os exemplares do livro fossem distribuídos tivemos uma grande apresentação da Orquestra Infanto-Juvenil e do Coral da EMIA com participação de ex-alunos. Essa apresentação musical marca o lançamento próximo do novo CD da orquestra e coral, gravado em dezembro de 2015.
Apresentação da Orquestra Infanto-Juvenil e Coral da EMIA
Agora estamos nas últimas semanas de nossa exposição comemorativa ainda temos mais um evento:

EMIA de Portas Abertas – Convidamos artistas, professores e demais interessados em Arte, Educação e Infância para compartilhamentos de processos e troca de ideias sobre práticas artístico-pedagógicas. Nossa intenção é fomentar debates e inspirar modos de atuação com crianças nos processos de construção de conhecimento em Arte. O evento Emia de Portas Abertas é a quinta edição das Narrativas Poéticas, momentos de formação e reflexão sobre as práticas da escola. Em cada período, o encontro abordará um dos eixos de trabalhos da escola, segundo as faixas-etárias dos grupos que compõe os cursos regulares e também os cursos optativos e oficinas.

Veja a programação abaixo:


Dia 13/07 

Manhã - 10h às 12h30 - Eixo 1: Grupos de 5, 6, 7 e 8 Anos

Tarde - 14h30 às 17h - Eixo 3: Grupos de 11/12 Anos

Local: Sala de debates



Noite - 18h às 20h - Palestra da Renata Lopes Costa Prado "Ética e relações de idade: o adultocentrismo em pesquisas e outras práticas sociais" 

Local: Sala Adoniram Barbosa.



Dia 14/07

Manhã - Eixo 2: 10h às 12h30: Quartetos (grupos de 9 e 10 anos)

Tarde - Eixo 4: 14h30 às 17h: Optativos e Oficinas  

Local: Sala de debates



Sobre a palestra:


Ética e relações de idade: o adultocentrismo em pesquisas e outras práticas sociais 

As ciências historicamente desconsideraram as perspectivas das crianças na produção de conhecimento. O mesmo pode ser observado em outras práticas sociais, tais como proposição de políticas, construção de espaços públicos, definição de propostas educacionais e decisões judiciais acerca de suas próprias vidas. Sociedades adultocêntricas vêm sendo assim construídas e são legitimadas por justificativas baseadas, por um lado, em uma suposta incompetência das crianças para opinar, informar e decidir e, por outro, na ideia de que as crianças devem ser a todo o momento protegidas, pois seriam intrínseca e exclusivamente vulneráveis. Tais elementos configuram as relações de idade como um dos eixos de dominação das sociedades ocidentais contemporâneas. Há que se reconhecer, no entanto, movimentos que, com alguma força, caminham na direção contrária, impulsionados principalmente pela promulgação da Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança (1989) e pela consolidação dos estudos sociais da infância, que têm como importante eixo temático a crítica ao abafamento da voz das crianças. Neste contexto, a roda de conversa tem como objetivo propor uma reflexão acerca de implicações do ponto de vista ético, político e teórico da posição que, enquanto sociedade, temos restringido às nossas crianças.



Prof ª. Renata Lopes Costa Prado

Instituto de Educação de Angra dos Reis

Universidade Federal Fluminense